texto por Emanuell Cavalcati
E esse contato direto foi com a própria população atingida e voltei com duas imagens:
– Os Atingidos: DESESPERO.
– Os Opressores: DESRESPEITO.
O Poder Público Municipal, além de não ter seguido a legislação aplicável às desapropriações, ainda falta com total respeito pelos moradores, uma vez que não dar informações sobre valores, sobre alternativas, sobre o futuro de modo geral dos moradores.
Frases do tipo: “não sei para onde eu vou”, “não sei o que será da minha vida”, “moro aqui há mais de 50 anos”, “consegui essa casa com o Prefeito Djalma Maranhão”, “vou sair daqui porque serei obrigado”, “daqui só gostaria de sair no meu caixão”.
Estimado leitor que até aqui teve paciência para ler essa postagem, essas frases saíram da boca de senhores e senhoras com mais de 80 anos de idade e que se vêem naquele território, ou seja, fazem daquele território o seu LUGAR (geograficamente falando). É ali que conhecem os vizinhos, é ali que têm sua história, sua criação, a criação dos filhos, dos netos etc. Frases essas que saíram da boca de moradores com lágrimas nos olhos.
Alguns questionamentos e afirmações surgiram:
– A Copa é de todos? Para todos?
– As obras de mobilidade atenderão as necessidades? Ciclovias? Trem? Metrô?
– Fato 1: vai gerar benefícios, mas os benefícios gerados sempre em detrimento de outrem, são benefícios
válidos socialmente?
Por fim, conclamo a participação de TODOS nessa discussão, afinal, direitos sociais quando são atacados por uns, devem ser defendidos por todos!
Participem dos encontros do Comité Popular da COPA 2014. Lembrete: amanhã pode ser você. Não é ameaça, é um fato.
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